Rio de Janeiro espera investir US$ 60 Bilhões em Eólicas Off-shore

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Usina Off-shore

Estado poderá ser o pioneiro na exploração de recursos eólicos em alto mar no Brazil

A indústria do Rio de Janeiro busca ser pioneira na transição energética. Assim, está investindo no potencial de geração de energia eólica offshore e hidrogênio verde. O estado possui 15 projetos em avaliação para parques eólicos no mar, totalizando um investimento de US$ 60 bilhões em dez anos. A capacidade de geração dessas usinas é estimada em 24 GW. Para comparação, a atual capacidade de geração de energia elétrica do Brasil, somando todas as fontes, é de 202 GW, segundo a CCEE.

A indústria fluminense planeja integrar esses projetos à Nova Indústria Brasil, uma política lançada pelo Governo Federal em janeiro. Essa política foca na redução de emissões de gases de efeito estufa, bioeconomia e transição energética. Entretanto, o primeiro desses projetos pode ser da Petrobras, que assinou um acordo com o governo estadual em 19 de junho para conduzir estudos para um projeto piloto.

A execução desses projetos, todos já com pedido de licenciamento ambiental, depende da regulamentação proposta no Projeto de Lei 576/2021, de autoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN), ex-presidente da Petrobras. O texto aguarda o relatório do senador Weverton Rocha (PDT-MA) para ser apreciado pela Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado.

Transição Energética

A descarbonização da matriz energética do Rio de Janeiro envolve a crescente adoção de energias renováveis em substituição às fontes geradas por diesel, carvão, óleo e gás natural. Portanto, esse processo será alcançado pelo aumento da participação das fontes renováveis, sem necessariamente reduzir as demais.

“Precisamos aumentar o potencial de oferta de energia para garantir a confiabilidade do fornecimento. A transição energética envolve a adição de novas fontes com descarbonização da matriz”, explica Karine Fragoso, Gerente Geral de Petróleo, Gás e Naval da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).

Segundo Karine, o Rio de Janeiro já possui uma produção diversificada de energia elétrica, com usinas hidrelétricas, a gás natural e nucleares, além de ser o sétimo estado em produção de energia fotovoltaica (solar). “Agora teremos energia eólica offshore e também hidrogênio verde”, acrescentou Karine.

A vocação do Rio de Janeiro para a energia eólica offshore se deve a três principais fatores. O primeiro é natural: o norte do estado é uma das três melhores áreas do litoral brasileiro, juntamente com Ceará e Rio Grande do Sul. Os ventos na costa fluminense são fortes, mantêm direção constante e sopram quase o dia todo.

O segundo fator é a proximidade do maior centro de carga do país, que atende Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. Dessa forma, os custos de interligação ao sistema e de transmissão de energia são menores.

O terceiro fator é o alto nível de desenvolvimento da indústria offshore. Devido à exploração de petróleo em alto-mar, na Bacia de Campos, toda a infraestrutura portuária e marítima, incluindo navios especializados e pessoal capacitado, já está disponível.

Posição Estratégica

Em suma, a indústria do Rio de Janeiro está buscando ser pioneira na transição energética no Brasil. Aproveitando seu potencial natural e infraestrutura existente para desenvolver energia eólica offshore e hidrogênio verde. Com investimentos robustos e uma abordagem integrada com políticas federais, o estado busca diversificar ainda mais sua matriz energética. Visa também contribuir significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. A combinação de fatores naturais favoráveis, proximidade dos principais centros de carga e a experiência consolidada na indústria offshore são diferenciais que colocam o Rio de Janeiro na vanguarda da inovação energética sustentável.

fonte: Metrópole